De Rui Garrido a 4 de Julho de 2007 às 06:32
Este tipo é um assassino cultural. E sim, quando se olhar ao espelho é melhor que veja lá um culpado, porque o é. Do alto da sua cátedra - e das mordomias constantes que o estado lhe tem garantido -, é o mais influente da nossa própria cepa de intelectuais de esquerda.

O discurso dele aqui é a parvoíce do costume deste tipo de higienistas intelectuais do regime: não há culpas individuais; somos todos culpados porque todos votamos nestes gajos, e assim a responsabilidade divide-se tranquilamente pelas aldeias. É o canto da sereia, o apelo aos brandos costumes de um povo que por norma se habituou a ser enrabado sem se queixar demais. Porque é chato atribuir responsabilidades individuais. Faz demasiadas ondas, traz conflitos e pode comprometer cátedras douradas no estado e viagens a colóquios em hotéis de 5 estrelas no Brasil e em Paris.

Sejamos gente crescida de uma vez por todas. Se um PM mente à população; se adopta condutas anti-constitucionais, implementando medidas de controlo e centralização inimagináveis em democracias modernas; se destrói a economia e rebenta com a classe média; se controla os média pela pressão dos lobbies e pela intimidação ---- é responsabilizável. É um indivíduo, rodeado de outros indivíduos (ministros, sec. de estado, assessores, etc etc), todos eles responsáveis - e portanto responsabilizáveis - pelas suas condutas individuais.
Por acaso, um governo que fosse conhecido pela sua destreza e capacidade de realização (na prática, não apenas nos outdoors...) não assacaria, legitimamente, os louros da boa governação ? Porque é que ao contrário havia de ser diferente?

Comecemos a ser adultos e a responsabilizar pessoas adultas pelos seus comportamentos objectivos.
Talvez aí possamos ser um país a sério, onde tipos doentes como o prado coelho não recebem cátedras douradas pelos favores prestados ao regime.
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